Moro nega contradição em falas sobre caixa dois e diz haver má interpretação

"O papel do ministério não é trabalhar em casos concretos, [ser] um supertira, um superjuiz, e nem advogar para membros do governo”, afirmou.

Sergio Lima
Sergio Moro, no dia que encaminhou ao Congresso o seu projeto anticrime.
Sergio Moro, no dia que encaminhou ao Congresso o seu projeto anticrime.

 

O ministro da Justiça, Sergio Moro, negou nesta quinta-feira (21) que exista contradição entre suas falas como ministro e como juiz a respeito da gravidade da prática de caixa dois.

Em Paris para uma reunião do Gafi (Grupo de Ação Financeira), organismo de combate a crimes contra o sistema financeiro, ele afirmou que houve "má interpretação" da imprensa sobre suas declarações.

Na terça (19), ao justificar o fatiamento do pacote anticrime proposto pelo governo de Jair Bolsonaro, Moro afirmou ter atendido à queixa de alguns políticos de que "o caixa dois é um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, crime organizado e crimes violentos".

“Houve uma má interpretação da imprensa. O que eu disse no passado foi que, quando o dinheiro da propina era dirigido ao financiamento ilegal de campanha, era pior do que [quando gera] enriquecimento ilícito. Caixa dois não é corrupção, é outro crime. Corrupção pressupõe contrapartida. Ambos são graves, e o governo toma posição firme em relação aos dois, diferentemente de qualquer outro [antes].”

Folha de São Paulo

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